Maquiavel nos ensina: 'É preciso ser raposa para reconhecer as armadilhas, e leão para afugentar os lobos'.

Paraenses, é chegada a hora de sermos raposas e leões para reconhecermos as armadilhas e afugentarmos os lobos.

sábado, 27 de agosto de 2011

Profº Pedro Jr Convida todos para Debater online

O Prof. Pedro Jr. convida todos neste Domingo, 28, ás 14:00 para debater, esclarecer, discutir idéias e mobilizar as pessoas acerca do Tema "Proposta de Divisão do Estado do Pará".
Adicione o seguinte e-mail e entre nessa mobilização.
pjgeo@hotmail.com
Junte-se a nós.
 
 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

PARA DIVULGAR

       Se vier a ficar assim, o Estado do Pará passará a ser chamado de "Parazinho"!


  Veja quem são alguns dos separatistas.
A GRANDE MAIORIA NÃO É PARAENSE, EMBORA ALGUNS EXERÇAM MANDATOS OUTORGADOS POR NÓS, PARAENSES.

Para refletir:

                 Com a divisão,  90% dos funcionários públicos do  Estado do Pará serão demitidos em massa,  e os novos estados só poderão fazer concurso em 20 anos.   Enquanto isso,  os políticos e magistrados ficarão no poder com suas famílias, luxando com o dinheiro do seu tributo.
                O efetivo policial será reduzido para menos da metade.   Os funcionários de todas as secretarias serão afastados.
                Serão mais dois estados para reduzir as verbas federais devidas a outras unidades da federação.
                Conheça alguns interessados na divisão e reflita se eles merecem crédito ou votos no futuro.


Dep.  GIOVANNI QUEIROZ
Natural de Campina Verde, MG
RÉU: Ação Penal 476 – Crime contra o direito tributário

Sen. MOZARILDO CAVALCANTE
Natural: de RORAIMA
Inquérito 2595 – Contrabando ou descaminho*
ABUSO DE PODER ECONÔMICO –
*ABUSO DE PODER POLÍTICO/AUTORIDADE
*CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO –(compra de voto)
*USO INDEVIDO DE MEIO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

ASDRÚBAL BENTES
Natural de Humaitá, AM
RÉU: Ação Penal 481 – Captação ilícita de votos ou corrupção eleitoral. Estelionato e formação de quadrilha ou bando

Dep. ZÉ GERALDO
Natural: de São Gabriel da Palha, ES
Acusado de participar de esquema de arrecadação de recursos com madeireiros, no IBAMA a fim de garantir a ausência de obstáculos à exploração madeireira pelos empresários.
(jornal O Estado de S. Paulo).

Dep. LIRA MAIA
Natural de Santarém
RÉU: Ação Penal 484 – Crimes de responsabilidade.
Inquérito 2578 – Crime contra a administração pública.
Inquérito 2630 – Crimes de responsabilidade.
Inquérito 2632 – Crimes de responsabilidade.
Inquérito 2685 – Crimes de responsabilidade

Dep. JOSÉ DA CRUZ MARINHO (O "Zeca Marinho")
Natural de Araguacema, TO

Dep. ANTÕNIO CARLOS PEIXOTO DE MAGALHÃES NETO
Natural da Bahia
Neto do "Toninho Malvadeza"

Dep. PAULO ROCHA - PT/PA
Ação Penal 470 – Convertido em réu pelo STF na denúncia contra os 40 acusados no caso mensalão, Paulo Rocha responde a processo por lavagem de dinheiro.

Dep. WANDENKOLK - PSDB/PA
É o Relator do projeto na
Câmara Federal

                                
  PARÁ,MAIS QUE UM ESTADO,UMA NAÇÃO!

       NÃO DEIXE VIR A SER O 'PARAZINHO"

sábado, 13 de agosto de 2011

A ferro e Fogo - Luiz Alho


O Pará exige respeito!
Entre todos os Estados da Nação, Talvez o único que esteja deitado em berço esplêndido seja o Pará; inquestionavelmente o mais rico do país em recursos minerais, florestais, hídricos, etc.
Infelizmente, podemos nos considerar pobres em recursos humanos. Em que/qual buraco meteram-se nossos representantes, nossas vozes, nossas ditas autoridades com poderes outorgados pelo povo?
Querem “lotear” o Pará e o silêncio denuncia uma cumplicidade criminosa e traiçoeira, uma omissão que causa nojo. Gritar depois de fatos consumados, para chamar atenção para si, por ações que nunca foram verdadeiras, será uma farsa, uma tentativa inútil para tentar convencer de que acima dos interesses pessoais estão os interesses do povo, do Pará e da Amazônia. Acorda Pará! Chega de encenação teatral, jogo de cena; o espetáculo que o Pará quer assistir é outro. Até que se prove o contrario, todos são cúmplices pelo silêncio, omissão e covardia. A questão da divisão do Estado do Pará envolve muitos interesses; as reações, sempre atrasadas não trazem nada de concreto para o Estado do Pará e seu povo. Soltam-se muitos foguetes, fazem até, muito barulho, mas, quando a fumaça se dissipa fica o silêncio dos que não têm forças ou vontade de agir verdadeiramente pelo Pará e pelos paraenses, ou são cúmplices ou são coniventes. O Pará não merece isso. Nossas vozes estão caladas e quando falam é para iludir, bradar mentiras para encobrir uma grande cumplicidade ou a falta de competência para se fazer respeitar. Não devemos e não podemos permanecer calados diante dessa ameaça de divisão do Estado. É necessário buscarmos caminhos e soluções que independam ate mesmo da ação dos que têm a obrigação de agir e nada fazem, não passam dos discursos previamente escritos, sem conteúdos verdadeiros e que não produzem efeitos. O Pará exige respeito, chega de submissão e de assistirmos calados a “entrega” de nossas riquezas, enquanto muitos filhos do Pará e da Amazônia morrem de fome. É hora de reação, mas muito cuidado, muitos dos nossos “inimigos” são filhos desta terra, que rasgando a bandeira de nosso chão estão cuidando de seus próprios interesses.
Precisamos identificá-los e eliminá-los do cenário político. A verdadeira mudança começa em casa. É preciso “paranizar-se”, vestir a camisa do nosso chão e cuidarmos do nosso próprio umbigo.
A idéia separatista é fundamentada no alegado abandono pelos poderes públicos das regiões em questão. É sabido que o Pará inteiro necessita de uma maior presença do Governo, tanto na área estadual quanto na área federal. São 143 municípios que enfrentam os mais diversos problemas, principalmente em função da imensidão territorial; guardando as devidas proporções, todos os municípios paraenses enfrentam problemas em todas as áreas: econômica, social, política e administrativa. Render-se a tais problemas é confessar incompetência transferir responsabilidades é covardia. O desenvolvimento do Estado é responsabilidade de todos, inclusive dos poderes municipais. É importante que se observe, no entanto, se por trás das alegações de abandono, não existe um interesse maior de apropriação do que é o “Filé Mignon” do Pará, por grupos políticos e econômicos. Tal interesse, deve ser profundamente analisado porque pode estar acima dos interesses e reais necessidades das populações dos municípios que formarão os novos Estados. Segundo o professor Alex Fiúza de Melo magnífico reitor da Universidade Federal do Pará - UFPA – “O processo de colonização da Amazônia não significou o estabelecimento de uma política colonial de povoamento da região, mas, ao contrário, a fixação de núcleos coloniais que objetivaram a ‘conquista’ e não o povoamento da região”. Dentro desse contexto estão as regiões sul e sudeste do Estado, formadas pelo que podemos chamar de “Bandeirantes do século XX”, isto é, aventureiros modernos, empresários, fazendeiros, comerciantes e profissionais liberais, que fixaram residência, preocupados não em promover o povoamento e desenvolvimento dessas regiões e sim a exploração econômica que lhes permitisse acumular riquezas materiais – alguns médicos ilustram bem esse fato. Após a abertura das rodovias Belém - Brasília e Cuiabá - Porto Velho, na década de 60, muitos médicos recém-formados vieram para os municípios de fronteira no Pará, iniciando carreira política como prefeitos. A maioria deles, para angariar votos, lançava mão de expedientes “clientelistas”, realizando principalmente, gratuitamente, cirurgias de ligaduras de trompas em suas pacientes, conseguindo se eleger por meio desse expediente. O interesse maior sempre foi o ganho pessoal em detrimento do social e coletivo, muitos fizeram fortunas à custa da miséria das mesmas populações que hoje dizem querer beneficiar. Hoje ainda buscam “novas formas de colonização” para sangrar ainda mais uma terra espoliada ao longo de séculos e que tem servido de almoxarifado ao resto do país e ao mundo à custa da sobrevivência de seus próprios filhos.
Dividir o Estado ao invés de lutar por seu desenvolvimento pode ser um tiro que sairá pela culatra. De um lado a riqueza que pertence a todos e será levada por poucos. Do outro lado um Estado enfraquecido pela expropriação de suas riquezas que com certeza não serão divididas com as populações dos Estados que querem criar.
O Pará é uma terra-mãe que recebe e acolhe a todos os irmãos de outros Estados, de braços e coração abertos, divide suas riquezas com todos que lutam por uma vida melhor. É uma terra de união que deve buscar seu desenvolvimento integral, distribuir melhor a renda gerada com a exploração de bens que pertencem a todos que aqui vivem, criam seus filhos e ajudam a construir um lugar melhor pra todos. Não devemos nos curvar as “paixões bairristas” pregadas por elementos que incentivam a criação de um muro invisível que separe paraenses natos dos paraenses por opção ou adoção. Que sejam bem-vindos os que vierem, como sempre foram os que aqui chegaram para somar e multiplicar, mas que estejamos alerta para os que tentam levar o que é nosso; vigilantes com os que aliados aos “Silvérios dos Reis no tucupi ” tentam rasgar nossa bandeira e cospem no prato que lhes alimenta.
Paraenses está na hora de vestimos verdadeiramente a camisa de nosso chão. Que “nossas autoridades” saiam das sombras e assumam suas posições. É hora de reação e honramos o sangue cabano, é hora de irmos às ruas “lutar” pelo que é nosso. A ferro e a fogo, se preciso for.
O Pará exige respeito!
Às ruas, paraenses
Digam não a divisão!
Salve, ó terra de ricas florestas, 
Fecundadas ao sol do equador!
Teu destino é viver entre festas,
Do progresso, da paz e do amor!
Salve, ó terra de ricas florestas,
Fecundadas ao sol do equador!
Ó Pará, quanto orgulha ser filho,
De um colosso, tão belo e tão forte,
Juncaremos de flores teu trilho,
Do Brasil - Sentinela do Norte.
E a deixar de manter esse brilho,
Preferimos, mil vezes, a morte!

A Divisão do Pará - Jorge Calderaro


É lamentável que o cacique do PMDB, Jader Barbalho, que já declarou que o povo do Pará tem por ele uma "benquerença" e, segundo sua emissora informa, ser ele o mais cotado para voltar a governar o Estado, tenha se posicionado a favor do plebiscito, porém, quanto ao seu resultado se abstém. Isso realmente é uma postura lamentável para quem já governou por duas vezes a Nação Pará... Uma posição não digna de um bom parauara. Deveria ser contra, pois tenho certeza que é a vontade da maioria dos paraenses.
Acredito que até tenha interesse na divisão, pois vem investindo nas duas cidades que seriam as capitais dos dois novos Estados, Marabá (Carajás) e Santarém (Tapajós). E eu, não tenho nenhuma sombra de dúvida que se houver a separação, Jader Barbalho será o primeiro governador do futuro Carajás. Que o diga o tempo.
A separação está subliminada desde que o PT assumiu a governança do nosso Estado, pois sua logomarca nada mais é de que a bandeira do Pará fatiada em cinco pedaços, só que dois são vermelhos. Pensando nos fatos que vêm acontecendo, para avivar mais a memória de quem não se preocupa com a divisão, o grupo RBA de Comunicação vem efetuando grandioso investimento no sul do Pará, a exemplo em Marabá, onde o sistema de comunicação (broadcasting) de sua propriedade, TV RBA Canal 2, foi recentemente instalada.
Lamentavelmente! Palavra sempre usada pelo dep. Federal Jader Barbalho em seus pronunciamentos, discursos e entrevistas. Só que os paraenses ainda não se deram conta que o Pará é o Estado mais rico da nação, local onde é explorado, e levado através do vizinho estado do Maranhão, milhões de toneladas de minério, e que daqui a pouco estarão exauridos. É só voltar ao passado e lembrar Serra Pelada e o buraco que ela deixou no meio ambiente, pois, por lá muitos saíram ricos.
O ‘cabo de guerra’ a favor e contra a divisão territorial do Pará está em andamento, mas numa surdina que até dá medo à Matinta Perera. De um lado, o Dep. Fed. Zenaldo Coutinho redobra o trabalho contra a divisão e envia ofício a todos os parlamentares pedindo que não votem a favor do plebiscito. Do outro lado, Giovani Queiroz (o importado), e Lira Maia (mocorongo da nata) estão à frente para que se realize a divisão, e atuam junto ao presidente Michel Temer.
Para quem não sabe, a divisão trará imensuráveis prejuízos para a Nação Pará em todos os sentidos, o que devemos na realidade é evitar que esses ‘importados’ se elejam e fiquem a representar nosso povo. O que falta mais é a presença do Estado nos 144 municípios do Pará, com investimentos em todos os segmentos. E que não mudem a constituição, pois todos os paraenses, por dever de ofício, possuem direito a voto e não somente os que moram nessas regiões, no oeste e no sul do Pará.
Na realidade se a separação do Estado do Pará ocorrer só posso lamentar e dizer: Venho somar aos poucos deputados estaduais anti-separatismo e a todos os que empunham a bandeira de que, ao invés de democratizar riquezas, a divisão territorial só irá aumentar a pobreza do Estado.
Como bem foi postado por Ciane Mufarrej em um blog. “A divisão do Pará pode representar a repartição só da pobreza para a grande maioria, e a concentração de mais riquezas nas mãos de poucos, através de uma espécie de “loteamento” dos recursos naturais renováveis e não renováveis ainda existentes. O Pará já é dividido administrativamente em Municípios, o que precisamos é mais seriedade, eficiência e menos desperdício na aplicação de recursos públicos.
Se criarem os Estados de Tapajós e Carajás, o Pará vai ficar só com a parte degradada do nordeste paraense e com a faixa de população mais pobre, ou seja, com um gigantesco passivo ambiental, social e econômico, enquanto as imensas riquezas florestais, minerais e faunísticas, ou seja, bióticas e abióticas, que não rendem eficientemente aquilo que deveriam ao Pará, irão todas definitivamente “pelo ralo”.
Em vez de dividir, está mais que passada a hora de se fazer, com seriedade e eficiência, uma revisão histórica do processo de desenvolvimento do Pará. E nessa análise, necessariamente, tem que ser incluída uma revisão crítica das relações com os mega exploradores dos nossos recursos naturais. Essa revisão se faz necessária, sobretudo, pela razão de ser o Pará detentor não apenas das maiores, mais importantes e diversificadas jazidas minerais e reservas florestais do Brasil, mas por abrigar potencialmente no seu território aquele que é também o insumo básico para todo e qualquer projeto na área da indústria de transformação: a capacidade hídrica de geração de energia.
Portanto, sou contra a divisão do Pará (criação de outros Estados), a menos que provem o contrário, através da apresentação de estudos técnicos responsáveis dos impactos econômicos, tributários, sociais e ambientais da pretensa divisão, mostrando os ativos e passivos nos diferentes cenários, e me convencer de que estamos equivocados”.
Sabe o que querem? Um governador, três senadores, ‘trocentos’ deputados... Só não dizem quem vai pagar a conta, ao se ‘espichar’. Era só o que faltava... Mutilar o Pará para aumentar o número de políticos salafrários. Daqui a pouco o Sarney se engraça de ser senador por Santarém. Como pode uma cidade ter pretensão de ser capital de um estado numa região de PIB menor que o de Guarulhos? Se a moda pegasse lá por São Paulo, forneceria mais viabilidade para se fragmentar em mais de 600 estados. Se Estado pequeno fosse garantia de desenvolvimento, o de Sergipe seria a superpotência brasileira, mas não é!
Coitadinho do Pará, nossa terrinha será lotada por brasileiros de todos os rincões da Pátria, considerando que o paraíso é aqui mesmo, ‘terra de ninguém’, ou ‘terra de todos’, terra farta de onde tudo se leva ‘no queixo’ sem deixar nada ou muito pouco, que o diga a Vale, Eletronorte, Alcoa, Imerys RCC entre outras instaladas em solo paraense. Coisa pior será a construção da UHE de Belo Monte, já apelidada de Belo ‘Monstro’ pois distribuirá Brasil afora 80% de sua geração de energia e os 20% que ficarem será somente para o uso próprio, ou seja, gerar a propulsão de suas turbinas, e por isso mesmo, oremos a oração VERDE E AMARELA:

“Pará nosso que está um céu / Santificado seja o NOSSO nome / Venha a NÓS o vosso reino / Seja feita a NOSSA vontade / Assim na terra como um céu / O pão nosso de cada dia é dos DAÍ hoje / Perdoai as nossas ofensas / Assim como NÃO PERDOAMOS a quem nos tenha ofendido / Não nos deixeis cair em COMPENSAÇÃO / Livrai-nos do mal... Amém!”.
Peço a Deus que proteja o Pará da sanha dos mutiladores geográficos.
E tenho dito...!

CONTRA A DIVISÃO DO PARÁ


Assine a petição on-line

Meus Amigos,

Acabei de ler e assinar este abaixo-assinado online:

Dizemos NÃO à Divisão do Estado do Pará


Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que também concordarás.

e divulgue-o por teus contatos.

Obrigado.


Marabá, virtual capital de Carajás, é a quarta cidade na taxa de assassinatos; Tapajós seria o segundo estado mais pobre - só perdendo para Roraima.

 

 

A divisão do Pará em três será objeto de inédito plebiscito organizado pela Justiça Eleitoral. Mas a quem interessa? No balanço entre vencedores e perdedores, todos ficam com menos e quem paga a conta é o governo federal - ou seja, o contribuinte. Se forem criados, Carajás e Tapajós vão custar aos cofres públicos pelo menos 9 bilhões de reais só para manter a administração dos estados. 
Marabá, a virtual capital de Carajás, está no topo da lista dos homicídios. Pelos dados mais recentes do Ministério da Justiça, é, proporcionalmente, a quarta cidade mais violenta do país. Foram 250 assassinatos em 2008 - 125 mortes para cada 100.000 habitantes. Tapajós, ainda que mais tranquilo, seria o segundo estado mais pobre do Brasil, com um Produto Interno Bruto (PIB) de 6,4 bilhões de reais - atrás apenas de Roraima. 
Os separatistas dizem que os brasileiros que vivem ao sul não compreendem a realidade da região e que ali estão duas terras prometidas. Para comprovar a tese, usam como argumento a criação de Tocantins. Esquecem que se trata do quarto estado mais pobre do país.

Um estado para recortar

Veja como pode ficar o Pará se o estado for dividido em três
Área:
1.247.950 km²

Municípios:
143 municípios

População:
7.581.051 habitantes (2010)

Densidade demográfica:
6,07 hab/ km²

PIB:
58,52 bilhões de reais (2008)

PIB per capita:
7.719 reais

IDH:
0,755 (2005), nível médio
(16º no Brasil)

Senadores: 3

Deputados federais: 17

Deputados estaduais: 41 



Área:
224.631 km²

Municípios:
78 municípios

População:
4.555.000 habitantes (estimados)

Densidade demográfica:
20,27 hab/ km²

PIB:
32,5 bilhões de reais

PIB per capita:
7.135 reais

Senadores: 3

Deputados federais: 8
(número mínimo)

Deputados estaduais: 24 (número mínimo)


 Área:
736.732 km2

Municípios:
27 municípios

População:
1.300.000 habitantes (estimados)

Densidade demográfica:
1,7 hab/ km2

PIB:
6,4 bilhões de reais

PIB per capita:
5.481 reais

Senadores: 3

Deputados federais: 8
(número mínimo)

Deputados estaduais: 24 (número mínimo) 



 Área:
296.620 km²

Municípios:
39 municípios

População:
1.650.000 habitantes (estimados)

Densidade demográfica:
5,5 hab/ km²

PIB:
19,6 bilhões de reais

PIB per capita:
12.508,62 reais

Senadores: 3

Deputados federais: 8
(número mínimo)

Deputados estaduais: 24 (número mínimo) 
Fonte: IBGE, PNUD, IPEA, UFPA, TSE

Encargos  Marcado para dezembro, este será o primeiro plebiscito para definir uma separação estadual.  As regras podem ainda não estar claras, mas é certo que novos cargos e encargos vão surgir. E junto, toda uma revigorada classe política, que inclui mais seis vagas para o Senado, dezesseis para a Câmara e 48 para as assembleias estaduais. 
Não está decidido se a consulta, prevista para dezembro, irá abranger todo o estado ou só as áreas em questão. As regras serão definidas até julho. No passado, a criação de estados era decisão estrita do poder central e sujeita aos ventos políticos. Foi assim em 1989, quando Tocantins foi desmembrado de Goiás. Então presidente, José Sarney aproveitou a promulgação da Constituição de 1988, que transformava os territórios federais em estados, para encaixar o mais novo estado da federação. Já o desmembramento do Mato Grosso do Sul do Mato Grosso, em 1979, foi um ato da ditadura militar. 
Os favoráveis à tripartição, como o deputado Queiroz, querem que a escolha seja local. Não é o que pensa a professora de direito constitucional e eleitoral da Universidade de São Paulo (USP), Mônica Herrman Taggiano. “É bobagem segmentar a discussão. O estado inteiro deve participar, porém, por tradição, estas decisões são casuísticas e políticas”, disse. 
Conflitos agrários – Os dois novos estados se sustentariam com a exportação de minérios e grãos e, claro, de gordos repasses federais. Se há riqueza no subsolo e possibilidades de exploração econômica da floresta, sobram conflitos agrários e desmatamentos ilegais. Com uma economia que o coloca em 16º no ranking do Produto Interno Bruto (PIB) dos estados, é no Pará que o convívio entre desiguais é resolvido na bala. No último mês, cinco ambientalistas foram assassinados em emboscadas.
Em Carajás, a campanha pela separação já está nas ruas. Um dos líderes do movimento, o deputado e pecuarista Giovanni Queiroz (PDT), desconversa sobre ser candidato antecipado a primeiro governador. Porém, a todo instante cita José Wilson Siqueira Campos, atual governador e articulador da criação do estado de Tocantins: “Quem sabe um dia eu seja como ele”. 
A presença das jazidas da Vale é uma poderosa justificativa para o desejo de autonomia carajaense. Os recursos dos impostos não seriam diluídos com outras áreas mais populosas próximas de Belém, onde vive mais da metade da população do estado. Porém, trata-se de um modelo concentrador por natureza, já que a mineração exige capital intensivo. Ou seja, lucra muito, mas exige pesados investimentos. 
O PIB per capita de 12.500 reais de Carajás não se reflete na população. Em Marabá, 42% dos moradores vivem abaixo da linha de pobreza e o estado teria uma economia equiparável com Alagoas e Sergipe, respectivamente em 20º e 21º lugar no Brasil. 
Em ambas as regiões, mesmo com a criação de novos empregos, a falta de mão- de- obra especializada obrigaria o deslocamento de 300 000 pessoas, para atuar no nascente funcionalismo público, estima o professor da Universidade Federal do Pará (UF-PA), Roberto Corrêa. 
Carajás seria pobre, mas não deficitário. Já Tapajós, estado que muito bem poderia se chamar Belo Monte, em homenagem à hidrelétrica, a dependência do dinheiro federal seria uma questão de sobrevivência. O custeio da máquina pública ali sugaria mais da metade da economia. 
Isolada geograficamente, a principal cidade é Santarém, a 800 quilômetros de Belém. Ali, a aposta econômica é na exportação de grãos pelo porto de grande calado da Cargil, que escoa a produção do Centro-Oeste. Aberta pelo militares, a pavimentação da estrada só deve terminar em 2013. “Sempre fomos isolados. Agora temos meios de viver por nós”, diz o deputado Lira Maia (DEM), que lidera o movimento pela independência.
Quem está em uma situação delicada é o governador Simão Jatene (PSDB). Ele optou pelo papel de mediador pensando no futuro. Se o plebiscito englobar o Pará inteiro e a tripartição sair derrotada, Jatene perderia capital político nas regiões separatistas caso se declare contra. 
Se a separação vencer, teria mais dois estados para disputar eleições e passaria para seu sucessor um Pará menor, mais fácil de administrar e abastecido pelo retorno de impostos de exportações. Não há garantia de nada. Uma redução no valor das commodities de exportação, em especial ferro e bauxita, jogaria tudo por terra. Ainda restariam as motosserras.

Artigo retirado do site:
http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/divisao-do-para-vai-criar-um-estado-violento-e-outro-pobre